As contraturas musculares são uma complicação comum em crianças com condições neuromusculares.
Elas ocorrem quando os músculos encurtam de forma permanente, limitando a amplitude de movimento das articulações.
Isso pode afetar a funcionalidade e a qualidade de vida de seu filho. Neste artigo, exploraremos as abordagens tanto não cirúrgicas quanto cirúrgicas para o tratamento dessas contraturas.
Contraturas ocorrem quando os músculos se tornam rígidos e encurtados, o que impede o movimento completo das articulações. Em crianças com doenças neuromusculares, como a paralisia cerebral ou a atrofia muscular espinhal, a fraqueza muscular prolongada e a falta de movimento são as principais causas do desenvolvimento de contraturas.
Abordagens Não Cirúrgicas:
Fisioterapia:
Alongamentos Regulares: Um dos métodos mais eficazes para prevenir e tratar contraturas é a fisioterapia regular. Os alongamentos ajudam a manter a flexibilidade dos músculos e articulações.
Exercícios de Fortalecimento: Fortalecer os músculos que ainda têm capacidade de movimento pode ajudar a reduzir a progressão das contraturas e melhorar a função geral.
Órteses:
Uso de Talas: Talas e outros dispositivos de imobilização podem ser usados para manter as articulações na posição correta e prevenir o agravamento das contraturas.
Órteses Dinâmicas: Órteses que permitem algum movimento controlado podem ajudar a melhorar a amplitude de movimento e prevenir a rigidez muscular.
Terapias de Modalidade:
Terapia de Calor: Aplicar calor nos músculos rígidos pode ajudar a relaxá-los antes de realizar exercícios de alongamento.
Hidroterapia: A terapia aquática é uma maneira eficaz de realizar exercícios de alongamento e fortalecimento, utilizando a resistência e o suporte da água para facilitar o movimento.
Medicação:
Relaxantes Musculares: Medicamentos como o baclofeno podem ser prescritos para ajudar a reduzir a espasticidade e melhorar a mobilidade.
Toxina Botulínica (Botox): Injeções de toxina botulínica em músculos específicos podem proporcionar alívio temporário, permitindo uma maior amplitude de movimento e facilitando a fisioterapia.
Abordagens Cirúrgicas:
Cirurgia de Liberação de Contratura:
Liberação de Tendões e Músculos: Em casos onde as contraturas são graves e limitam significativamente a mobilidade, a cirurgia pode ser necessária para alongar ou liberar tendões e músculos encurtados. Isso pode restaurar parte da amplitude de movimento e melhorar a funcionalidade.
Cirurgia Óssea:
Osteotomias: Em casos avançados, a correção de deformidades ósseas causadas por contraturas prolongadas pode ser necessária. Este procedimento pode realinhar as articulações e melhorar a capacidade de movimento.
Rizotomia Dorsal Seletiva:
Redução da Espasticidade: Para crianças com espasticidade grave, essa cirurgia neurológica envolve cortar seletivamente as fibras nervosas responsáveis pela rigidez muscular. Embora seja um procedimento invasivo, pode proporcionar alívio significativo da espasticidade e das contraturas.
Escolhendo a Abordagem Certa:
A decisão entre tratamento não cirúrgico e cirúrgico depende da gravidade das contraturas, da condição geral de saúde da criança e das metas de tratamento.
Muitas vezes, uma combinação de abordagens é necessária para alcançar os melhores resultados. É fundamental que os pais trabalhem em estreita colaboração com uma equipe de profissionais de saúde para avaliar as opções e desenvolver um plano de tratamento personalizado.
O tratamento das contraturas musculares em crianças com condições neuromusculares exige uma abordagem cuidadosa e multidisciplinar.
Tanto as estratégias não cirúrgicas quanto as cirúrgicas têm seu lugar no manejo dessas complicações, com o objetivo de melhorar a mobilidade, a função e a qualidade de vida de seu filho.
Se você observar sinais de contraturas em seu filho, consulte um especialista para discutir as opções de tratamento mais adequadas.
Com o acompanhamento adequado, é possível minimizar o impacto das contraturas e promover uma vida mais ativa e independente para seu filho.